TRABALHADORA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DO POSTO MÉDICO DA UFRRJ PEDE SOCORRO!

Postado: 02/12/2020

“No sábado comecei a me sentir mal, na madrugada piorei apresentando calafrios, febre, pressão alta, aí vem o pavor: suspeita de Covid, necessário isolamento, entrei com protocolo, trabalho no posto médico da UFRRJ desde de 2008, e durante esta pandemia questionei várias vezes a questão da nossa segurança, a falta de EPI adequado. A partir das 18h já não temos ninguém para fazer higienização se necessário, não temos ninguém na recepção, mas tudo bem, como eles dizem o importante é o postinho ficar aberto, portas da ambulância que não abre, mas não importa, o “importante” é funcionar. Eu pergunto a que preço? A  vida da enfermagem não importa? E quando você precisa da ambulância mesmo nas condições que está, te negam, por quê?Você vai contaminar outros, mas ninguém se importou com você com mais de 60 anos, hipertensa, sem EPI adequado, fazendo plantão de complementação, ohhh mas que lindo ela faz parte da linha de frente, profissional de enfermagem vale pra quem? Você se arrisca cada plantão, e quando você adoece o que fazem por você? O máximo que irão fazer se você morreu é colocar a bandeira meio mastro e sair no boletim semanal, mas enfim é essa administração que temos.”
 
Mais um relato sofrido de uma Profissional da Equipe de Enfermagem do Posto de Saúde da UFRRJ. 
 
Infelizmente, mais uma vez, estamos divulgando e cobrando respostas para as denúncias, que na verdade representa um grito de socorro da Enfermagem do Posto de Saúde da UFRRJ. Precisaremos perder vidas neste setor, para entenderem o abandono e o desprezo que estas pessoas estão sendo tratadas?
 
Os profissionais precisam mais do que um muito obrigado, precisam serem encaminhados para teste de COVID-19, de um lugar digno para repousarem e não um quarto cheio de mofo, precisam ser respeitadas, precisam serem ouvidas, precisam deixar de serem assediadas. Para não morrerem, pedem SOCORRO! 
 
Hoje, o Posto Médico da UFRRJ, por desejo da Pró Reitoria de Gestão de Pessoas, está sob a responsabilidade de um Prefeito, que sem eleição conforme determina o Estatuto, conseguiu o cargo por troca de favores, sempre assumiu que não entende nada da área de saúde. As denúncias sempre foram ignoradas pela Diretora do Setor e por toda a Administração Central. 
 
Continuarão adotando mais uma vez o descaso a mais uma denúncia de uma profissional da área de saúde que coloca sua vida em risco por trabalhar em um setor que não cuida nem mesmo de quem cuida da saúde da comunidade universitária? 
 
Vão esperar morrer o primeiro profissional da área de saúde, que estão expondo suas vidas trabalhando e se isto, infelizmente ocorrer, o que irá acontecer além do Reitor pedir um minuto de silêncio na abertura dos Conselhos? E todos nós, seguiremos com nossa omissão? 
 
O que vale mais? O que realmente é essencial? O setor ou as vidas das pessoas que trabalham, em plena Bandeira Vermelha? 
 
 Trabalhar,sim! 
 Morrer,não! 
 Nossas vidas importam! 
 
Mais uma vez estamos encaminhando esta denúncia para toda a Administração Central, Diretora do Posto Médico, Prefeitura, COREN e demais entidades.
 
Diretoria Colegiada do SINTUR-RJ

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