25 DE NOVEMBRO

Postado: 25/11/2019

Hoje, 25 de novembro, é o Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres. É preciso denunciar nesta data o aumento da violência de gênero e exigir políticas publicas dos governos contra essa alarmante estatística. Dados do Atlas da Violência de 2019 apontam um aumento de 5,4% da morte de mulheres, na comparação de 2017 com 2016.

Em 28,5% dos homicídios de mulheres, as mortes foram dentro de casa, o que o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) relaciona a possíveis casos de feminicídio e violência doméstica. Entre 2012 e 2017, os crimes cometidos dentro das residências aumentou 17,1%. No mesmo período, a taxa de homicídios de mulheres por arma de fogo dentro das residências que aumentou em 29,8%. As mulheres negras morrem mais do que as brancas, com o aumento de 29,9% nesses assassinatos, enquanto de não negras o aumento foi de 16%.

Bolsonaro e suas políticas contra o direito das mulheres

O governo Bolsonaro não investiu, nestes 10 meses de governo, na manutenção dos serviços de assistência às mulheres vítimas de violência.

As medidas e reformas defendidas pelo governo federal e pelos governos estaduais explicitam o descaso com as mulheres e, sobretudo, com os mais oprimidos.

Com a reforma da previdência, o governo rebaixou o direito das mulheres a se aposentarem e aumentou a idade para garantia do benefício. Como as mulheres são a maioria entre os beneficiários da previdência e mais da metade delas (52%) se aposentam por idade, na prática as mulheres terão que trabalhar cinco anos mais para conseguir se aposentar.

Já a reforma trabalhista elevou os acordos coletivos de trabalho acima das leis trabalhistas. Com isso, direitos como férias, 13º salário, FGTS, licença maternidade, auxilio creche, entre outros poderão acabar. As mulheres, que estão localizadas nos setores mais precarizados, onde os sindicatos têm menos força e por isso cedem mais facilmente à pressão dos patrões, serão as primeiras a ver seus já limitados diretos serem rifados nas mesas de negociação. Além disso, visa flexibilizar a jornada de trabalho, podendo aumentar de 8 para 12 horas diárias ou normatizar outras modalidades de contrato de trabalho como o contrato por produtividade e o contrato por hora trabalhada, o que impacta na remuneração e nos direitos adquiridos.

Essas medidas são mais uma forma de violência contra as mulheres trabalhadoras, pois precarizam ainda mais suas condições de vida e as expõem a todo tipo de vulnerabilidade social. É preciso agir para barrar esses ataques.

Fonte: CSPconlutas

 

 

 

AGENDA

JORNAL
SINTUR-RJ

FOTOS

VÍDEOS