Quem é Você no Serviço Público? #15

Postado: 29/10/2021

"Meu nome é Denilda Silva, eu sou escritora, autora do livro "Trabalhadores não precisam ser pobres". Lotada no IM - Instituto Multidisciplinar.

Há 20 anos no serviço público, comecei como empregada da Prefeitura de Paracambi, em janeiro de 2009 passei para a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, onde estou há 12 anos.

Na verdade, meu interesse pelo serviço público vem desde criança, quando ia com a minha mãe nas instituições públicas: hospitais, bancos, agência dos Correios, etc.

Eu ficava ali olhando e me imaginando naquele lugar. Eu não sabia muito bem o que era, mas já tinha consciência que se tratava de um trabalho diferenciado; até porque eu conhecia só o serviço da minha mãe, que era empregada doméstica.

Com 17 anos comecei a ler a Folha Dirigida, também sem muita noção do que se tratava, a minha mãe tinha o costume de comprar, para eu ler, um jornal dos concursos públicos, e ali eu ficava, um pouco perdida do que se tratava o conteúdo daquele papel, eu lia e relia aquele monte de nomes... veio dali meu interesse pela carreira no serviço público e acredito que sem minha mãe saber, já estava me incentivando.

Com 18 anos fiz o meu primeiro concurso público, que foi para a Polícia Militar, sendo reprovada. E dali para a frente não parei mais; fui fazendo concursos, até passar.

Quando consegui ser aprovada para a prefeitura de Paracambi, eu decidi continuar fazendo os concursos, queria ser servidora pública e estava buscando um salário um pouco melhor, a estabilidade também era um incentivo, além do que, sempre gostei muito de trabalhar com pessoas, no atendimento a elas e eu encontrei isso na Rural.

Conheci o SINTUR-RJ no momento que eu estava no meio de um furacão.

Resumidamente: eu fui surpreendida logo ao voltar de férias, quando recebi uma carta, estava no pátio, não tinha nem chegado ao setor quando recebi o documento comunicando minha transferência de setor e horário aquilo me chocou muito, eu fiquei estarrecida. Já na Biblioteca fui orientada, pelo então chefe na época, a procurar o SINTUR, conversar com a Ivanilda, coordenadora na ocasião, e assim eu fiz. Lá fui muito bem recepcionada, tiveram muita atenção comigo, recebi todo o apoio que precisava, foi então que eu vi: vale a pena ser sindicalizada, também por conta dos benefícios que isso traz, como por exemplo, o meu plano de saúde que já estava cima de mil reais, logo que me associei tive redução, porque eu pude trocar, fiz uma migração para o plano de saúde oferecido pelo sindicato.

Na verdade, quando a gente começa a trabalhar, seja no serviço público, ou empresa privada, escutamos falar de sindicato, mas a gente não sabe bem para que serve, mas foi a partir do meu episódio, o qual recebi total apoio do SINTUR, tive as orientações jurídicas necessárias, foi um suporte essencial. Desde então comecei a frequentar, a participar dos assuntos, ficar inteirada do que estava ocorrendo, no sindicato. Enfim, eu vi que o sindicato é o Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Rural

E quando eu lancei o meu livro, o lançamento foi aqui em Nova Iguaçu, no Shopping Novo da cidade, o SINTUR estava lá. E de lá para cá eu tenho uma relação de proximidade com o sindicato, é um lugar de apoio e acolhimento. Eu o vejo como um local fundamental, pois ele dá o alicerce e passa segurança pois muitas vezes, a gente fica vulnerável sem ter onde recorrer, ficamos à mercê das autoridades dos gestores, e os sindicatos têm esse papel de lutar pela a manutenção dos nossos direitos. Meus sentimentos pelo SINTUR é minha relação com o SINTUR é de gratidão e que bom eu poder falar isso aqui.

O SINTUR é um sindicato atuante, um sindicato que luta pelas causas dos servidores da Rural. 

Em relação à PEC 32, eu vou resumir numa frase: o fim do serviço público. Eu acho que se resume nisso, é uma ameaça. Por enquanto ela está como uma ameaça ao serviço público; a sociedade como um todo, mas, a aprovação dessa PEC significa, para mim, o fim do serviço público, perda de garantias a direitos já conquistados.

Prejuízo tanto para as famílias brasileiras, como para a sociedade como um todo; não só para os servidores públicos em si, mas, um prejuízo muito grande para TODA a sociedade, para todo o país.  Será o Fim do serviço público. Eu falo isso com certo pesar. Nós sabemos que os menos favorecidos, aqueles que têm menos acessos, menos condições para acessar os serviços públicos serão os mais prejudicados com essa mesma PEC."

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