QUEM É VOCÊ NO SERVIÇO PÚBLICO? #4

Postado: 08/10/2021

Meu nome é Mônica Santos de Oliveira, sou economista doméstica formada pela UFRRJ e também sou servidora técnica desta universidade, desde janeiro de 2010, lotada no Ctur e em exercício no restaurante universitário, o famoso Bandeijão.
 
A primeira vez que vi a Rural (confesso que nunca tinha ouvido falar dela antes), foi no início dos anos 1990, ia para São Paulo participar de um encontro de Economia Solidária e quando o ônibus passou em frente à universidade fiquei maravilhada. Perguntei a um amigo que lugar era aquele e ele me falou: “Esse é o campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.” 
 
Foi amor à primeira vista e instantaneamente pensei: “ainda vou estudar ali”.  E de fato, anos depois, em 1997, passei no vestibular, que soube por uma vizinha que estava aberto. Fiz a prova, passei em terceiro lugar geral no curso de Economia Doméstica e entrei no segundo semestre daquele mesmo ano.
 
Foi um divisor de águas na minha vida, a primeira das minhas irmãs a entrar em uma universidade e ainda por cima pública. Nem dá para descrever minha alegria e o orgulho do meu pai e minha avó. 
 
Mas, não foi fácil, apesar de pública, muitas vezes nos esquecemos que temos despesas com alimentação, passagem, livros, cópias e por aí vai. 
 
Várias vezes levei marmita para comer fria, em uma sala de aula vazia no ICHS, ou tive de faltar a aula por não ter dinheiro de passagem, isso apesar da ajuda do meu Pai Alberto e minha avó Cecília. Pensei até em desistir, ainda por cima tinha as químicas, só quem cursou química na Rural sabe do que estou falando.  
 
Mas, um a um os desafios foram sendo superados, devo isso a muita gente boa que me ajudou: amigos, família e professores.  E sem modéstia, devo também ao meu esforço.
 
Depois de formada, consegui trabalhar na minha área, contratada por ONG’s e como professora terceirizada na FAETEC Quintino, trabalhei nas várias áreas possíveis que a Economia Doméstica me dava acesso. 
 
Em 2009, ainda como contratada da FAETEC, tive a oportunidade de prestar concurso na minha área para a Rural, que oferecia 3 vagas para Economia Doméstica.  Passei em quinto lugar e com a apresentação dos documentos comprobatórios fiquei em sétimo lugar, pensa em uma tristeza.  Mas como tudo que é seu, está guardado, foram chamados os oito primeiros colocados. 
 
Lembro até hoje do telegrama me comunicando que deveria levar os documentos e fazer os exames. Com certeza um dos dias mais felizes da minha vida. 
 
Tomei posse, com lotação no CTUR, mas desde 2010 em atividade no RU. 
 
Desde o primeiro ano, me filiei ao SINTUR, porque sempre achei importante ter um sindicato forte que representasse a classe trabalhadora, no caso a dos servidores técnicos. E nunca me arrependi, pelo contrário, sinto orgulho de tantos homens e mulheres de luta, que ao longo de tantos anos, apesar das dificuldades, nunca deixaram de lutar por nossa categoria.  Quero acreditar ainda que minimamente também contribui de alguma forma para essa luta, que é de todos os trabalhadores. 
 
Amo meu trabalho e amo essa universidade que me acolheu. Mesmo assim reconheço os problemas que a universidade enfrenta e que atinge a todos nós servidores, discentes e terceirizados.  Por isso a importância de termos um sindicato forte e coeso, porque a cada dia como servidores enfrentamos novos desafios. 
 
Desafios que não tiram o brilho de nossas conquistas e apesar deles, agradeço todos os dias a Deus, ao Buda Nitiren e a todos os seres de luz por eu estar onde um dia sonhei.

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