GREVE DOS CORREIOS

Postado: 19/08/2020

A greve unificada dos trabalhadores dos Correios entra no segundo dia nesta quarta-feira (19) com uma grande mobilização em todo o país. A paralisação começou forte desde as 22h de segunda-feira (17), com a adesão de 70% da categoria, segundo a Fintect, e hoje trabalhadores de mais unidades e centros de distribuição pelo país também estão cruzando os braços.

A mobilização vem obtendo ainda apoio de várias outras categorias, sindicatos, centrais sindicais, movimentos sociais, parlamentares e entidades da sociedade.

Não é para menos. A luta dos trabalhadores dos Correios é contra o brutal ataque da direção da empresa, sob o comando do general Floriano Peixoto, e do governo Bolsonaro que querem acabar com praticamente todos os direitos do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) da categoria.

Além disso, empresa e governo também estão tratando com total negligência a vida dos ecetistas em meio à pandemia, que já matou 120 trabalhadores, e planejam o fim dos Correios com a privatização da empresa.

O ACT tem validade por dois anos, até agosto de 2021. Mas os Correios simplesmente querem quebrar o acordo e acabar com os direitos dos 100 mil funcionários.

A direção da empresa segue mantendo a postura intransigente desde o início das negociações da Campanha Salarial e insiste no fim de 70 das 79 cláusulas do ACT. Mas, publicamente, mente, dizendo que não está retirando direitos e que precisa fazer cortes para ajustar a situação da empresa.

Contudo, os Correios registraram lucro recente de R$ 169 milhões, além de ter registrado forte aumento nos serviços em razão da pandemia e do aumento do e-commerce.

“É muita cara de pau do general Floriano Peixoto, que tem salário de R$ 48 mil além de outros privilégios como um auxílio-moradia de R$ 1.800, querer impor um ataque tão brutal aos trabalhadores dos Correios que em media ganham no máximo R$ 2 mil”, afirma o dirigente da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) e integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Geraldinho Rodrigues.

“Os trabalhadores dos Correios recebem o menor salário entre as estatais e benefícios, como o auxilio alimentação, por exemplo, que o governo retirou, compõem a maior parte do salário. O fim deste e outros 69 direitos do ACT vai achatar ainda mais a renda dos trabalhadores”, explica Geraldinho.

“O que ainda é mais absurdo é que em meio à pandemia, o general Floriano aplica a mesma política genocida de Bolsonaro. Os sindicatos tiveram de entrar na Justiça para exigir equipamentos de proteção, enquanto os trabalhadores se contaminam e morrem pela Covid. Há vários casos de trabalhadores de risco e infectados que nem o afastamento foi garantido”, denuncia.

PRIVATIZAÇÃO, NÃO

Os ataques que a direção dos Correios e o governo Bolsonaro estão fazendo aos trabalhadores dos Correios se inserem numa ofensiva ainda mais brutal que é a privatização da empresa. Paulo Guedes e Bolsonaro incluíram os Correios na lista de estatais a serem entregues ao setor privado e isso irá significar a demissão de mais de 60 mil funcionários, além da piora no atendimento à população, principalmente mais pobre.

O SINTUR-RJ se solidariza e expressa todo apoio à greve dos trabalhadores dos Correios.

Em defesa dos direitos, da vida e dos empregos!

Fonte: http://cspconlutas.org.br/2020/08/greve-dos-trabalhadores-dos-correios-entra-no-2-dia-com-forte-adesao-e-preciso-cobrir-de-apoio-essa-luta/

 

 

 

 

 

Não à privatização!

Fora Bolsonaro, Morão e o General Floriano!

 

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