28 DE ABRIL - UMA DATA PARA REFLEXÃO.

Postado: 28/04/2020

Hoje, 28 de abril, é o Dia Mundial em Memória ás Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho e neste momento em especial, as trabalhadoras e trabalhadores que estão  arriscando suas vidas garantindo os serviços essenciais, merecem toda nossa gratidão e homenagens.
 
Em todo o mundo aplausos são ouvidos para homenagear os trabalhadores da área de saúde que estão na linha de frente no combate ao COVID-19, mas estes aplausos merecidos, não impedem que a cada dia o número de mortes entre estes profissionais aumente de forma incontrolável.
 
No dia 28 de abril de 1969, uma explosão numa mina no estado norte-americano da Virginia matou 78 mineiros. Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu a data como o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, em memória às vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
 
 O Brasil é um dos recordistas em acidente de trabalho no mundo, a cada 48 segundos um trabalhador sofre acidente e morre a cada 4 horas.
 
Dados comprovam que em cinco anos mais de 14 mil trabalhadores morreram no exercício da profissão. Este número pode ser maior, já que só um em cada sete casos são notificados. Segundo o procurador e coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho, Leonardo Osório, as estimativas são da Organização Mundial do Trabalho (OIT).
O que mais chama a atenção, diz o procurador, é que a grande maioria dos acidentes (90% a 95%), poderia ser evitado se houvesse mais organização no ambiente de trabalho e se as empresas colocassem a proteção coletiva à frente da produtividade.
 
Outro fator preocupante é que de cada cinco acidentes de trabalho, quatro vitimam trabalhadores terceirizados. Segundo o procurador, os motivos são muitos, mas especialmente, porque as empresas não investem em treinamento, qualificação  e EPIs (Equipamentos de Proteção Individuais).
 
 Como é  a realidade nas Universidades? 
 
Nas universidades as péssimas condições de trabalho sempre contribuíram para que os Acidentes de Trabalho ocorressem,  junto com o estresse, pressão das Chefias, em alguns casos os desvios de função, ausência total ou parcial de EPIs, falta de treinamento específico para uso de maquinários e muita improvisação,mas ainda a falta de notificação dificulta os números reais das estatísticas.
 
Neste momento de Pandemia em que muitos servidores públicos estão exercendo a  modalidade de trabalho remoto,alguns estão arriscando suas vidas e de suas famílias executando presencialmente os serviços essenciais.Será que estão sendo reconhecidos e valorizados como essenciais?
 
Em que condições estão trabalhando os servidores que executam os serviços essenciais na UFRRJ?
 
Quem são estes trabalhadores da UFRRJ essenciais em plena Pandemia?
 
Estarão recebendo a atenção que precisam para desenvolverem, neste momento difícil para todos,  suas atribuições?
 
Todos estarão com os EPIs adequados as suas necessidades de proteção?
 
Tem uma Comissão que acompanha e fiscaliza as condições em que estes trabalhadores estão exercendo estes serviços essenciais?
 
O fator emocional destes trabalhadores que precisam vir para uma Universidade vazia, quando a orientação é para que todos fiquem em casa para salvar vidas, está sendo considerado?
 
Os terceirizados e todos os demais, a escala de revezamento, está realmente levando em consideração a preservação de suas vidas, ou priorizando por ordem das chefias, presenças com uma frequência desnecessária? 
 
E este serviços essenciais, que estão expondo a vida destes trabalhadores e de suas  famílias, são realmente todos necessários, neste momento de Pandemia, em que não temos mais leitos nas UTIs do Rio de Janeiro?
 
 Executar serviços essenciais, sim! Morrer por isso, não! Precisamos de Atenção e proteção!   
 
 Nesta data e todos os dias nossas vidas importam! 
 
Direção Colegiada do SINTUR-RJ

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