Greve Nacional de 48 horas

Postado: 30/09/2019

48h de luta: trabalhadores da Educação preparam greve nacional para dias 2 e 3 de outubro

Entidades dos trabalhadores da Educação e de estudantes estão convocando uma Greve Nacional de 48 horas para os dias 2 e 3 de outubro. A mobilização é uma resposta aos ataques do governo Bolsonaro à educação pública no país.

A convocação feita pelas entidades nacionais do setor ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe ganhou o apoio das centrais sindicais, UNE e ANPG (Associação Nacional de Pós-graduandos).

A situação na Educação pública está se agravando a cada dia, fruto não só dos cortes orçamentários que vêm sendo feitos pelo governo de ultradireita de Bolsonaro, mas também dos vários ataques às universidades, aos trabalhadores da Educação, aos estudantes, à ciência e à pesquisa no país.

São milhares de alunos que tiveram bolsas de estudos suspensas; institutos federais de ensino estão prestes a fechar as portas; universidades estão sem condições básicas para funcionar; o governo vem ferindo a autonomia das entidades, impondo interventores na direção das instituições; reformas administrativas atacam salários e direitos dos trabalhadores; o ensino sofre perseguição e censura, entre diversos outros ataques.

A luta contra o projeto Future-se, que na prática significa a total mercantilização do ensino e a privatização da educação pública, estará no centro dos protestos.

A proposta das organizações é que nas primeiras 24h da greve sejam realizadas atividades nas universidades e instituições de ensino, inclusive abrindo as portas das escolas para a sociedade. No segundo dia (3), a realização de manifestações em todo o país.

Desde já, a orientação é a realização de assembleias em todo o país para a construção desta greve nacional.

No dia 3, a data também deve concentrar mobilizações dos petroleiros em todo o país. A data é o aniversário da Petrobras, e os trabalhadores vão aproveitar para denunciar e protestar contra o avanço do projeto de privatização.

Representantes do Andes, Fasubra e Sinasefe avaliam como estão os preparativos para a Greve Nacional.

Adriana Stella, da Fasubra, ressalta a necessidade de realizar uma forte luta nacional da educação e unificar com outras categorias.

“A greve dos trabalhadores dos Correios demonstra que é preciso e possível enfrentar os ataques do governo Bolsonaro. A forte atuação do setor da Educação nos diversos atos que aconteceram no país este ano também são determinantes. É preciso construir nas bases um forte processo de organização da greve e devemos nos apoiar na disposição de luta demonstrada nas mobilizações da Educação, com destaque para a mobilização na Universidade Federal de Santa Catarina que já dura há quase dez dias”, disse Adriana. “O momento pede a unificação das lutas”, reafirmou a dirigente.

Segundo Rodrigo Medina, vice-presidente da Regional São Paulo do ANDES-SN, “estamos na iminência de um colapso completo na ciência no Brasil, o que impacta no desenvolvimento econômico do País, agravando ainda mais a crise econômica e a soberania nacional”.

http://cspconlutas.org.br/2019/09/48h-de-luta-todo-apoio-a-greve-nacional-da-educacao-dias-2-e-3-de-outubro/?fbclid=IwAR0WwjTPTMMY_m8CcVU_juzXzSYolG8DXaS9y7F1KNKObYvUz0miPYt2KHg

 

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