O servidor público precisa estar atento e mobilizado

Postado: 10/10/2018

O servidor público precisa, mais do que nunca, estar atento e mobilizado diante das ofensivas contra a categoria

Gibran Jordão, ex Coordenador Geral da FASUBRA e membro da Secretaria Nacional da CSPConlutas

 

Em entrevista ao nosso Sindicato, no ultimo dia 27 (09), Gibran Jordão, ex Coordenador Geral da FASUBRA e membro da Secretaria Nacional da CSPConlutas, comentou sobre a atual conjuntura política do nosso país e sobre as ameaças aos nossos direitos e destacou alguns pontos importantes a cerca da situação que o funcionalismo público está vivendo e a importância de que fiquemos antenados e mobilizados.

Existe uma forte ofensiva dos governos, da grande mídia, do congresso nacional, do poder judiciário, dos órgãos de controle para desmontar o serviço público e precarizar as condições de trabalho dos servidores. Atacam todos os órgãos públicos, especialmente as universidades federais. Isso ficou claro quando o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional nº 95, a qual diminui os gastos e investimentos que seriam direcionados ao serviço público. O ataque aos direitos dos servidores também se expressa, claramente, quando há uma ofensiva para atacar a jornada de trabalho dos servidores públicos tanto na imposição do ponto eletrônico que, segundo Gibran, “Pode virar um instrumento de assédio moral e isso se traduz também na Instrução Normativa Número 2 (de 12 de setembro de 2018 – Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão), publicada recentemente”, como também na ofensiva contra a principal reivindicação hoje, em relação a jornada de trabalho, a de 30 HORAS, que em muitas universidades já existe e, em outras, há uma luta por parte dos servidores dos sindicatos para que seja implementada. “Onde existe, eles querem acabar, retirar essa jornada. E onde não existe eles não querem deixar que implementem”, afirma Gibran Brandão.

Segundo Gibran esses são os maiores desafios da categoria e a luta é contra: a instabilidade, o não reajuste salarial e o servidor trabalhando mais e em condições mais precárias. “É essa realidade que eles querem impor goela a baixo, para todos nós. E é por isso que todos os sindicatos, organizados através da FASUBRA, organizados pela base, precisam se mobilizar e se preparar para um enfrentamento porque após as eleições podem vir mais ataques, além dos que já estão acontecendo agora no período eleitoral.”, acrescentou. No próximo ano, dependendo do governo, os ataques podem ser ainda mais radicais; mas, de qualquer forma, o que eles querem é fazer com que a vida no serviço público fique pior.

A categoria não pode permitir isso. A necessidade de um debate em que seja reforçada a questão de que o servidor público não é um privilegiado e que não quer trabalhar, é mais urgente do que nunca. Essa idéia, que os ataques tentam reforçar, precisa ser combatida na sociedade, dialogando com ela. “Demonstrando que as universidades públicas são as melhores universidades que existem no país e na America Latina e só são as melhores porque existem técnicos, docentes e estudantes que garantem, através da comunidade universitária, que as mesmas atendam o interesse público e prestem um serviço público de qualidade.”, declara Gibran.

                                                        

Wyllian Torres, estagiário de Jornalismo.

 

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