Agosto Lilás
Agosto Lilás: mês de conscientização no combate à violência contra a mulher
O Agosto Lilás tem como objetivo principal intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha, sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o fim da violência contra a mulher. Além disso, divulga os serviços especializados da rede de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes, incentivando as mulheres a terem novas atitudes frente à violência.
A campanha foi criada em referência à sanção da Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/ 2006), assinada no dia 7 de agosto e que está completando 17 anos. Um dos motes do “Agosto Lilás” é a divulgação da lei que foi elaborada justamente para amparar as mulheres vítimas de violência, seja ela física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial.
O Observatório da Mulher Contra a Violência – do Senado Federal, realiza pesquisa desde 2005 com a população feminina de várias partes do Brasil e em seu último demonstrativo que foi divulgado em 2021 apontou elevação de aproximadamente 30% no número de mulheres que afirmaram ter sofrido violência física. Já no caso de violência psicológica os números subiram 165% e violência moral ultrapassou os 200%.
Em 2021, 36.795 mulheres foram vítimas dos crimes que compõem a Violência Psicológica no estado do Rio de Janeiro. Isso significa que, em média, quatro mulheres foram expostas a este tipo de violência por hora.
Já em 2022 um crime que merece destaque é o feminicídio, que é quando a mulher é morta em razão da sua condição de mulher. No ano passado, das 85 mulheres mortas, 54 eram mães, e destas, 37 possuíam filhos menores de 18 anos. Agravando ainda mais a situação, 21 filhos presenciaram os crimes. O interior do estado foi a região com maior percentual de vítimas, (47,1%), seguida pela capital com 29,4%.
Mais de 80% dos autores foram os companheiros e ex-companheiros, e mais da metade deles possuíam antecedente criminal - 23 relacionados à violência doméstica, 22 por ameaça, 11 por lesão corporal e seis por homicídio.
Os dados evidenciam que a violência contra a mulher afeta mulheres de todas as classes sociais, idades, nível de escolaridade, raça e religiões. Pode ocorrer em casa, entre pessoas da família ou entre pessoas que mantenham relações íntimas de afeto, mesmo sem a convivência sob o mesmo teto. O agressor é, geralmente, o marido, namorado ou ainda o pai, irmão, tio, avô. Mas a violência também pode vir de outra mulher, como a mãe, sogra ou cunhada.
A campanha também proporciona à sociedade a reflexão sobre perspectiva de gênero, fundamental para a compreensão de como os diferentes papéis e expectativas atribuídos socialmente a homens e mulheres, constroem estereótipos que resultam em violências.
SINTUR-RJ no combate à violência contra a mulher!
Fonte: ISP.RJ.gov.br; Instituto Maria da Penha, parauapebas.pa.gov.b e sinpolrp
#EssaLutaÉNossa
Direção Colegiada do SINTUR-RJ