Tereza de Benguela virou símbolo de resistência à frente do Quilombo Quariterê, que reunia negros e indígenas escravizados no Mato Grosso, no século 17. A ideia da data é trazer visibilidade para o protagonismo não apenas da líder quilombola, mas também de outras mulheres negras que fizeram e fazem história mesmo diante do apagamento, preconceito e machismo. Origem O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi instituído em 1992, após um encontro que reuniu grupos de feministas negras na República Dominicana para debater o impacto do machismo e do racismo na vida das mulheres negras e exaltar a luta de todas. Debate necessário e urgente No segundo trimestre de 2022, enquanto o índice geral de desemprego no Brasil girava em torno de 9,3%, entre as mulheres negras o percentual era de 13,9%. Para homens e mulheres brancas as taxas eram de 6,1% e 8,9% respectivamente, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outro dado preocupante foi revelado pelo Atlas da Violência, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta que cerca de 66% das mulheres assassinadas no Brasil são negras. Segundo o estudo, para cada mulher não negra morta, morrem quase duas negras no país. Uma realidade triste que precisa urgentemente ser combatida. Em 2023 a terceira edição do Encontro Internacional de Mulheres Negras Latino Americanas e Caribenhas teve sede na capital do Brasil, entre os dias 21 e 23 de julho e hoje será coroado com caminhadas em todo o território nacional, com o tema: “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver”. Somos muitas e somos várias, vamos reunir as nossas Forças na construção de um mundo onde possamos Todas viver sem violência e com Justiça! #mulhercaribenha, #mulhereslatinoamericana, #mulheresnegras Fontes: mds.gov.br, Sindipetrosjc e Fasubra.