NOTA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA NO CAMPUS
O SINTUR-RJ em seus 28 anos de luta sindical é reconhecido nacionalmente por se tratar de uma entidade combativa, que se esforça com diligência em meio aos mais variados cenários impostos ora por uma política governamental que tem por objetivo esmagar/anular o trabalhador, ora por contextos opositores que distanciam e preterem parte de uma categoria em benefício próprio.
Lutamos contra todas as formas de opressão e nossos enfrentamentos ao longo de quase três décadas é contra a exploração, injustiça, aniquilamento do serviço público, uma educação pública gratuita e de qualidade, racismo, homofobia, xenofobia, machismo, as mais variadas formas de violências destinadas as mulheres, entre outras, portanto, essa é uma tarefa de homens e mulheres.
O fim da opressão só pode ser realizado se nos unirmos e direcionarmos nossas forças para os reais inimigos e não transformar trabalhadores (as), principalmente os, de uma mesma categoria em alvo.
Dito isto, o SINTUR-RJ vem por meio desta nota manifestar-se sobre o recém caso onde trabalhadores da divisão de guardas e vigilância da UFRRJ (DGV) foram filmados e acusados de abordarem de forma "truculenta" discentes, tendo posturas "agressivas" e amedrontadoras" para com o corpo discente.
Antes de qualquer coisa, é necessário voltarmos a um tempo não muito distante e sinalizar a preocupação deste sindicato com a segurança da Universidade que se encontra atualmente muito fragilizada. Além de juridicamente prestar apoio aos trabalhadores da CBTU para tentar reverter o retorno destes para Belo Horizonte e de promover diversos atos na Universidade na defesa destes trabalhadores, Também temos traçados estratégias de redução de danos, como por exemplo, os pontos de ônibus em locais mais seguros durante a noite, com a finalidade de ampliar o debate sobre segurança na UFRRJ.
Se assim destacamos que a segurança para nós se faz um assunto muito caro e prioritário, a violência (que aumenta a sensação de falta de segurança) é um ato que repudiamos completamente. Por este motivo, cobramos da Administração Central uma averiguação dos fatos via Processo Administrativo para que, democraticamente, todas as partes sejam ouvidas e o assunto tenha uma resolução concreta.
Entendemos que qualquer pessoa tem o direito de escrever/relatar problemas, entretanto, recebemos com muito espanto uma nota de denúncia - a qual não existe nenhuma investigação formal, para averiguação dos fatos, em andamento ou realizada- assinada por representações de entidades e categorias, incluindo nossos representantes nacionais da Federação recém-eleitos, mas que sequer se disponibilizaram a ouvir estes que, nós reforçamos, são membros da comunidade acadêmica como um todo.
As mesmas representações que se dizem democráticas e defensoras de suas categorias, ao assinar este documento -o qual não desmerecemos sua importância, muito pelo contrário, a iniciativa de trazer tais alegações a público deveria ter acendido o sinal de alerta para todas as autoridades e movimentos sindicais dentro dessa universidade - sem nenhum cuidado e apuração dos fatos está indo totalmente de encontro ao que tanto lutamos que é a injustiça.
Não podemos deixar que a tensão do momento abra espaço para ataques a trabalhadores, que até a presente data não foram se querer ouvidos. Não podemos permitir, desarticular e tencionar entre nós mesmos, precisamos fazer um movimento contrário: Pautando a unidade, diálogo.
Nossos esforços deveriam ser para encontrarmos juntos estratégias para superar estas vulnerabilidades e não aumentá-las.
Nos posicionamos contra todas e quaisquer formas de constrangimentos e coação. Reforçamos que a melhor resposta em um momento onde a vulnerabilidade se destaca é a resposta coletiva e, para uma construção onde haja respeito e democracia, estamos de portas abertas.
Sindicato dos Trabalhadores da Educação da UFRRJ
Direção Colegiada Biênio 2021-2023