Com objetivo de esclarecer a sociedade sobre os motivos pelos quais, nós, as Servidoras (es) Públicos Federais da UFRRJ aderíramos à Greve Geral marcada para o dia 16 de março, vimos a público informar que no âmbito dos servidores federais, a última negociação salarial foi em 2015. Portanto, para repor a inflação, a reivindicação da categoria é de um reajuste de 19,99% que vem corroendo os salários dos servidores públicos.
Nos últimos três anos, o governo confirmou que é inimigo do Serviço Público Brasileiro. São vários ataques à saúde, à educação, à ciência, ao INSS e as trabalhadoras (es) de forma geral. E quem ataca o serviço público, é inimigo do povo. Afinal, é a população que sofre com o desmonte das políticas públicas e do serviço público.
O governo expos servidores/as, no episódio de aprovação da vacina para crianças pela Anvisa. Buscou interferir na atuação da Policia Federal e do Ibama. O ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou as/os servidoras/es de “parasitas”, e que iria colocar a "granada no bolso do inimigo”. São incontáveis ataques coordenados contra as/os trabalhadoras/es do serviço Público e a população.
É importante lembrar que o trabalho dos servidores públicos é essencial para o funcionamento de nossa sociedade. São justamente as camadas mais pobres de nossa população aquelas que mais precisam de serviços públicos de qualidade, como a educação, a saúde, a previdência social e a segurança. O sucateamento do Estado interessa apenas aos negociantes da vida, seja pela venda de planos de saúde, do ensino privado ou da previdência privada.
Esse diálogo é fundamental que todas, todos e todes tenham conhecimento sobre a falsa ideia disseminada pelo governo federal de que o salário dos servidores públicos é o vilão do desequilíbrio das contas públicas. ISSO É MENTIRA! O aumento da dívida pública se deve a uma desastrosa política de juros do Banco Central, que faz com que a maior parte da arrecadação do governo seja destinada ao pagamento dos rentistas/banqueiros.
O chamado “teto dos gastos”, aprovado após o golpe contra Dilma Rousseff, tem justamente esta finalidade: sucatear o serviço público. Enquanto arrocha os recursos para as áreas sociais, libera o pagamento de despesas financeiras. A situação é ainda mais insustentável por conta da enorme inflação que está corroendo o poder de compra de todos os trabalhadores. Enquanto o governo defende o arrocho aos servidores, está liberando montanhas de dinheiro para atender à sua base política no chamado “orçamento secreto”. Dinheiro para alimentar os currais políticos do Centrão.
Com esse cenário de perdas, desmonte e ataques, as/os trabalhadores/as públicos/as de todo o país iniciaram a Campanha Salarial 2022 pela reposição salarial emergencial de 19,99%. A recomposição do orçamento dos serviços públicos federais. Em especial os recursos cortados das universidades e institutos federais e os recursos da ciência. reivindicamos a derrubada da Reforma Administrativa, que acabará com o serviço público caso seja aprovada.
Por conta desta grave situação paralisamos nossas atividades para denunciar à sociedade a situação de penúria por que passa o serviço público no Brasil. Vamos à luta!!!
Calendário de Luta
16/03 – Dia Nacional de Mobilização, paralisações e manifestações em todo Brasil, com ato em Brasília e nos Estados;
18/03 – Rodada de assembleia para definir o início da greve;
21/03 – Reunião do setor
23/03 - Indicativo para o início da GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO, respeitando a especificidades de cada entidade;
1º/04 – Ato em Porto Alegre pelas Liberdades democráticas e em defesa dos serviços públicos.
INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR DO SERVIÇO PÚBLICO NA PRAÇA:
Concentração para o ato às 13h, na rodoviária da UFRRJ atrás do P1, saída do ônibus às 14h.
- O ato será às 16h, no Lago do Paço, Praça XV. - Ato: às 18h.
Baixe o Panfleto: encurtador.com.br/alIJ1
