28 de junho é dia do orgulho LGBTQIA+

Postado: 28/06/2021

Hoje, 28 de junho é dia do orgulho LGBTQIA+, a comemoração dessa data precisa representar a luta por direitos a viver e amar.
 
Nossa solidariedade e a participação nessas lutas contra a LGBTFOBIA se tornam ainda mais importante e necessária quando tomamos conhecimento  que Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), divulgados em 2020, a cada uma hora uma pessoa é agredida devido sua orientação sexual ou identidade de gênero. A vida de uma pessoa LGBTQIA+ no Brasil é marcada pela violação dos direitos humanos, por diversas violências sejam elas psicológica, moral, física e para atualizar ainda mais nossos leitores, o Brasil segue liderando o ranking de assassinatos contra essa população.
 
Em 2019, realizamos uma atividade em que construímos uma mesa com: o Professor Dan Gabriel D'Onofre , a funcionária do SINTUR -RJ Rivadalva Nunes e o, hoje, jornalista Wyllian Torres, que compartilharam a luta pela sobrevivência em um país que mais mata homossexuais.
 
Além da importância dessa data, que é resultado da marcante revolta de Stonewal, em Nova York, em Junho de 1969, protagonizada principalmente por travestis e mulheres transexuais contra as constantes humilhações e violência investidas na população LGBT. Após esse episódio, as LGBT’s passaram a sair às ruas anualmente para manifestar sua existência, contra a violência e a sua patologização.
 
 
O nosso objetivo ao formar a mesa, em junho 2019, além, de ouvir as histórias de nossos convidados, foi também apresentar essas pessoas que fazem parte do nosso cotidiano e precisam do nosso apoio, por sofrerem, por não serem aceitas, e até mesmo são tratadas como doentes.
 
Para LGBTs, ficar em casa pode ser um risco de violência
Ficar em casa tornou-se um desafio para mulheres e LGBTs, especialmente travestis e transexuais e outras identidades que sofrem violências intrafamiliares. A medida obrigou mulheres e LGBTs a permanecerem em convivência com seus agressores por um período mais prolongado, não à toa casos de feminicídio e transfemi.
 
Os números também são refletidos no governo e no exercício da democracia. Recentemente, a vereadora mais votada no município de Niterói (RJ), a carioca trans Benny Briolli (Psol), saiu do país por sofrer ameaças à sua integridade física. O exílio se deu por decisão do partido, após seguidas ameaças à vereadora não terem sido respondidas adequadamente por autoridades responsáveis, segundo afirma o gabinete da parlamentar.  Outros parlamentares têm sofrido perseguição política e discurso de ódio por orientação sexual e outras discriminações. Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, equiparar a homofobia e a transfobia ao crime de racismo,que prevê pena de até cinco anos de reclusão.
 
Já o governo de extrema-direita de Bolsonaro aprofunda ainda mais o preconceito contra os LGBT’s com sua política declaradamente preconceituosa e lgbtfóbica, que agravam a discriminação, exclusão social e violência contra este setor. Sem contar, que as LGBT’s sofrem com ainda mais força as políticas ultraliberais que aumentam o desemprego, o subemprego e a informalidade. Temos hoje mais de 14 milhões de pessoas desempregadas, 22% de aumento de casos de feminicídio, 40% mais casos de assassinatos de pessoas trans. A cesta básica aumenta o preço, ao mesmo tempo em que o auxílio emergencial cai 50% numa conta que só amplia as desigualdades para quem já vive a subalternidade. 
 
Neste sentido, o SINTUR-RJ aponta que é importante que em meio a tantos retrocessos sigamos ombro a ombro para romper com essa lógica capitalista que oprime setores que ainda enfrentam desafios para garantir o avanço em seus direitos.
 
Fontes: Agenciaaids

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