17 DE MAIO

Postado: 17/05/2021


17 DE MAIO: DIA INTERNACIONAL DE COMBATE A LGBTFOBIA

o Brasil amarga um dado vergonhoso, sendo o país mais LGBTfóbico das Américas e o que mais mata travestis no mundo, e a impunidade é um ataque a cidadania.

Em 2020, 237 LGBT+ (1ésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) tiveram morte violenta, vítimas da homotransfobia: 224 homicídios (94,5%) e 13 suicídios (5,5%). É o que mostra o Relatório: Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil.

O relatório mostra ainda que, comparativamente aos anos anteriores, observou-se em 2020 surpreendente redução das mortes violentas de LGBT+: de 329 para 237, diminuição de 28%. O ano recorde foi 2017, com 445 mortes, seguido em 2018 com 420, baixando para 329 mortes em 2019.

Mesmo com mundo enfrentando um dos momentos mais difíceis da humanidade, ao ponto de fazer com que o isolamento social seja a medida mais eficaz para diminuir a disseminação de um vírus, e assim combater o avançar da pandemia, não podemos deixar esse o 17 de maio, passar despercebido, diante de uma data com tamanha importância mundial.

Hoje, 17 de maio, comemora-se o Dia Internacional de Combate a LGBTfobia. A data é histórica e de grande valor para o movimento LGBTQI+. Pra quem ainda não sabe, o termo homossexualismo constava na lista de distúrbios mentais no Código Internacional de Doenças, e só em 1990 o termo foi retirado dessa lista pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O sufixo “ismo”, dava característica a orientação como condição relacionada a alguma forma patológica, e desde a retirada desse sufixo, o movimento se mantem em alerta no uso do termo “homossexualidade” em detrimento ao termo “homossexualismo”.

A partir daí, o 17 de maio foi declarado o Dia Internacional do Combate a Homofobia, tornando um momento simbólico de mobilização mundial para falar de preconceito e discriminação sobre um olhar de equidade, da diversidade e tolerância.

Falar do combate, é falar também sobre as formas de violência que vão além das que estão descritas no código penal brasileiro, como crimes ligados não só a rejeição a relações homoafetivas, mas ligadas a comportamentos horríveis de perversidade que desqualifica o outro, apenas por representar o contrário da heteronormatividade.

E no Brasil a contradição é verdadeira, porque da mesma forma que se conquistam direitos, que por muitos anos foram negados para a população LGBTQI+, é notório o crescimento dos números de denúncias que só fazem aumentar diariamente o quadro de violência e descriminação.

O movimento também problematiza a capacidade de abarcar as múltiplas identidades que estão na luta contra o preconceito a orientação sexual e identidade de gênero. O uso do termo LGBTfobia, como aquele capaz de traduzir o preconceito e a discriminação ocorrida em virtude da orientação sexual ou da identidade de gênero, indo além da homofobia a lesbofobia, a gayfobia, a bifobia e a transfobia foi adotado na Conferência Nacional de Políticas Públicas de Direitos Humanos de LGBT.

A Política Nacional de Assistência Social (SUAS), possuí um papel fundamental para garantir os direitos da população LBGT, garantindo a perspectiva da equidade e da diversidade em desenvolvimento.

Apenas um texto não é o suficiente pra falar sobre a importância de comemorar uma data tão relevante, se faz necessário dias e dias, porque as histórias de luta por direitos e sobrevivência são muitas. Oportunidades de trabalho, direito de ir e vir, igualdade salarial, de ser quem quiser e viver o que quiser, são umas das muitas lutas diárias.

Vale lembrar que recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou a proibição da doação de sangue pela comunidade LGBTQI+ após anos de contestação.

Devemos ser firmes em respeitar a diversidade humana. Nossas diferenças não podem nos separar ou impedir a nossa união contra o que, de fato, nos oprime.

A nossa luta é todo dia, em cada local de trabalho, contra o preconceito, contra a retirada de direitos e contra toda forma de opressão.

Texto adaptado das fontes: Agencia de Noticia da Favelas , findect.org.b, agenciaaids.com.br

 

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