Há 06 (seis) meses, diante da ameaça de perda da consignação do desconto das mensalidades do sindicato, tivemos que fazer uma profunda reavaliação estrutural do sindicato, pois diante da iminente perda de arrecadação, teríamos que ajustar as contas, sobretudo em relação aos gastos com pessoal. Tínhamos 02 (duas) secretárias administrativas com contrato regido pela CLT, que executavam as mesmas tarefas e, diante das exigências de novas demandas da nossa categoria, verificamos que a estrutura de trabalho que existia não atenderia as necessidades atuais do sindicato.

Por exemplo, para reabrir o convênio com a UNIMED, que era uma cobrança dos associados(as), precisamos pagar um profissional para fazer a emissão dos boletos de cobrança, assim como para fazer a arrecadação da consignação todos os meses pagamos este mesmo prestador de serviços. Ao analisarmos os valores que a nossa folha de pessoal consumia, sem que o quadro pudesse atender a todas as necessidades, ponderamos que o salário, mais encargos e benefícios, de uma destas trabalhadoras, que gerava uma despesa de aproximadamente 6 (seis) mil reais por mês, deveria ser redirecionado para custear os serviços que não eram realizados e que tiveram que ser contratados pelo sindicato.

Decidimos manter a trabalhadora que tem mais tempo de trabalho no sindicato e que avaliamos ter o perfil para nos atender. Investimos o salário pago a trabalhadora demitida em um profissional de Tecnologia da Informática e um estagiário que executam as tarefas que o sindicato precisa e que a categoria necessita, agregando, por exemplo, atendimento para retirar contracheques, informações funcionais, consultas ao sistema da Universidade, dentre outros tipos de suporte aos nossos associados.

Reabrimos o Convênio da UNIMED, garantimos o recadastramento com a entrega das carteirinhas, atualizamos o sistema de associados(as), abrimos nova conta que permite Boletagem e débito automático, que será feito pelo profissional que garante nossa consignação, tendo em vista que nossa consignação continua garantida por decisão liminar em processo feito por nossa assessoria jurídica.

A demissão da trabalhadora respeitou todos os trâmites legais, sendo feita após avaliação jurídica para que todos os direitos fossem garantidos por orientação da Assessoria Jurídica e que todo o procedimento fosse respeitado, como orientado pela assessoria contábil do sindicato. O valor da rescisão foi em torno de 22 (vinte e dois) mil reais. Como visto, o planejamento realizado pelo sindicato foi correto, pois os valores economizados nestes 6 (seis) meses, já recuperam o gasto com a rescisão contratual, mesmo computando o pagamento com os novos serviços agregados.

Infelizmente, algumas pessoas, movidas por sentimentos pessoais, talvez por amizade, ambições políticas ou algum outro motivo pessoal que desconhecemos, estão em campanha difamatória contra a direção do sindicato, alegando que a trabalhadora foi demitida mesmo estando doente, mesmo com o médico do trabalho, profissional habilitado, no exame demissional ter declarado que ela está apta.

Aprovaram em uma reunião convocada pela base que deveríamos readmiti-la, pagando o valor retroativo, que hoje está em torno de quase 20 (vinte) mil reais, e que o advogado do Sindicato deveria apresentar um parecer que garantisse legalmente esta readmissão.

O Assessor Jurídico do SINTUR-RJ fez o parecer que em síntese não deixa dúvidas dos riscos de ações judiciais graves para a Entidade, caso ocorra a recontratação, agravado de grande perda financeira, pois o valor pago na rescisão não poderá ser devolvido (leia na íntegra o parecer no Site ou solicite uma cópia na secretaria).

Diante disto, a Direção avaliou que:

Readmiti-la significaria retirar da categoria o valor em torno de mais de 40 quarenta) mil reais, relativo à rescisão + retroativo + salário + plano UNIMED 100% (que todo Trabalhador do SINTUR-RJ tem direito) e ainda garantir a ela ganho na justiça, por caracterizar que a demissão foi injusta.

Como continuaríamos pagando o valor do profissional para garantir tudo que ela não faz, como a consignação e a Boletagem da UNIMED?

Portanto, como o único motivo da demissão foi financeiro, este motivo não mudou. Não é fácil para nenhuma Direção demitir trabalhador, mas cabe a quem está na Direção decidir o que é melhor para o conjunto da categoria. Apesar de em alguns lugares assinarem como categoria do SINTUR-RJ, nenhum associado(a) nos procurou para questionar a demissão dela. Não há nada encaminhado pelo SINTESI (Sindicato dos Trabalhadores), não recebemos nada da justiça, mas alguns amigos dela não se conformam e resolveram destruir o sindicato de toda uma categoria para defendê-la.

Sabemos que alguns amigos dela estão penalizados, mas o sindicato é de toda uma categoria e não de um clube de amigos.

O que leva alguns amigos desta trabalhadora, que fazem parte da categoria, no momento que o governo está apresentando uma reforma administrativa que destrói com nossa carreira, no momento que estamos discutindo ponto eletrônico e que os sindicatos estão lutando contra a destruição imposta pelo governo, panfletarem inúmeras calúnias contra a atual Direção?

Será que é pelo valor que querem nos obrigar a pagar ao readmiti-la? Será que é para ter visibilidade para a campanha eleitoral de 2020, por não ter política para apresentar? Ou será que querem se colocar do lado da Administração Central para garantir cargo?

O que sabemos é que estas pessoas não estão preocupadas com os trabalhadores do sindicato que podem ser prejudicados com estas atitudes de ataque ao SINTUR-RJ e muito menos com o interesse de toda uma categoria que vem sofrendo com a conjuntura nacional e local.

Agradecemos a todos(as) que têm nos procurado para nos apoiar, e garantimos que continuaremos tomando as decisões, sempre com orientação jurídica, buscando o que for melhor para a categoria.

Direção Colegiada do SINTUR-RJ