Assembleia comunitária define comissão eleitoral para consulta de reitor da UFRRJ

Postado: 04/10/2016

Com o objetivo de escolher a comissão que vai organizar a consulta para a Reitoria (gestão 2017 - 2020), técnico-administrativos, professores e alunos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) compareceram ao anfiteatro Gustavo Dutra (Gustavão), às 13h de 21 de setembro. Na ocasião, foi realizada uma assembleia comunitária com a presença dos três segmentos.

Estavam presentes, como intermediadores do debate, o professor do Departamento de Química e vice-presidente da Associação dos Docentes da UFRRJ (Adur), Marcelo Herbst; a coordenadora geral do SINTUR-RJ e coordenadora nacional da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Ivanilda Reis; o Diretor do Instituto de Agronomia, Alexis Nummer; o coordenador de Assuntos Jurídicos e Trabalhistas do SINTUR-RJ, Karol Marx (Piá); e as estudantes Pryscilla Costa e Maria Carolina dos Santos.

 

Composição da mesa (da esq. à dir.): estudante Maria Carolina; coordenador juridico do SINTUR-RJ Karol Amon; coordenadora geral do SINTUR-RJ Ivanilda Reis; e professores Alexis Nummer e Marcelo Herbst

 

Antes de dar início à assembleia, os membros da mesa solicitaram aos presentes que fizessem um minuto de silêncio em homenagem ao diretor do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) e professor do Departamento de História e Relações Internacionais, Ricardo Oliveira, falecido no dia 20 de setembro.

Além de definir os rumos da universidade pelos próximos quatro anos, a convocação de uma assembleia é uma conquista para a comunidade universitária. Há 12 anos os três segmentos não se reuniam para definir o futuro da Rural, como lembrou Ivanilda Reis:

"Há muitos anos estamos sem fazer uma assembleia comunitária. Então, esse hábito ficou um pouco perdido no tempo, e a gente conseguiu resgatar isso hoje. Muita gente está indo pela primeira vez em uma assembleia comunitária nessa universidade. Muitos estudantes, técnicos e professores novos".

De acordo com a coordenadora geral do SINTUR-RJ, essa dificuldade em convocar assembleias comunitárias ocorre porque é necessário que técnicos, professores e estudantes estejam alinhados em favor de um bem comum.

"Foi uma assembleia atípica no seguinte sentido: não é todo dia que a gente puxa uma assembleia comunitária com todos os segmentos. Assim, por ela ter essa diversidade, é difícil de conduzir. Apesar de ser um único ponto de pauta, achei que havia ali um desejo de várias pessoas em discutir o processo", comentou o professor Herbst

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 Lúcia Sartório, professora do Instituto de Educação, defendeu uma consulta pautada na democracia

 

Bruno Souza, do Instituto de Veterinária, solicitou que os critérios fossem apresentados antes da escolha da comissão

 

 

Processo Democrático

A assembleia revelou que, apesar de elaborado há quase 30 anos, o regimento da consulta pública para a Reitoria é desconhecido para algumas pessoas. Além de falta de interesse, Marcelo Herbst destacou que o processo vinha sendo encaminhado de forma mais fechada.

"As pessoas agora, bem ou mal, sabem que existe um regimento. Inclusive, elas vão ter que se apoderar dele para entender essas regras, chapas, votantes, comissão.... Todo mundo vai ter que se debruçar um pouquinho para estudar”, disse o professor.

A certeza de um processo democrático com garantia de paridade também foi considerado como um ponto forte da assembleia, segundo Ivanilda Reis. A servidora acrescenta que o número de candidatos para representar cada segmento é algo positivo, pois legitimou o processo. Entretanto, o público na assembleia foi considerado pequeno se comparado à totalidade da comunidade acadêmica.

"O número de participantes poderia ser melhor se tivesse mais mobilização. Na verdade, a gente fez uma ampla divulgação. Então, não foi por falta de aviso. O que está faltando mesmo é mais envolvimento”.

A coordenadora do SINTUR-RJ também citou a dificuldade que algumas pessoas tiveram em aceitar os critérios pré-estabelecidos para a votação.

"O objetivo das pessoas que estavam na mesa, através da unidade que fizemos, foi construir uma assembleia comunitária para eleger uma comissão. Algumas pessoas, por vários motivos, estavam querendo discutir uma questão que não estava na pauta. Esse foi um pequeno ponto negativo, mas que não interferiu no resultado final da assembleia como positivo", avaliou.

 

A votação

Por volta de 15h, os candidatos foram convidados a subir ao palco e fazerem uma breve apresentação. Reunidos em grupos, cada categoria foi identificada por uma cor: professores, vermelho; técnicos, azul; e estudantes, amarelo. Cada pessoa tinha o direito a votar em três candidatos de sua área. Conforme os candidatos se apresentavam, os presentes levantavam cartões para externar seu voto. A comissão seria formada por três representantes de cada segmento da instituição.

 

Os eleitos

Após o término da votação, os membros da mesa anunciaram os eleitos. Representando os docentes, Denise Braz (37 votos), Nivaldo Sant’Ana (35) e Marcos Benac (34). Já entre os técnico-administrativos, Ana Carolina Barboza (47 votos), Leonir Tunala Resende (36) e, para a surpresa de todos, um empate triplo, Kate Hellen Batista, Elisângela Costa e Maurício Rocha. Antes de ser convocada uma nova votação para eleger o terceiro representante entre os técnicos, Maurício retirou sua candidatura, sendo a vaga disputada entre Kate Hellen e Elisângela. Em uma nova votação, foi decidido com 34 votos a 20 que Elisângela ocuparia a última vaga. Entre os estudantes, os eleitos foram Danielle Silva (57 votos), Pedro Henrique Póvoa  (51 votos) e Luma Taís Vitório (46 votos).

 

O futuro

Com o objetivo alcançado, a mesa declarou o fim da assembleia. A partir desse instante, as atenções se voltam para a atuação da comissão do pleito que vai definir a gestão 2017 - 2020.

O professor Marcelo Herbst concluiu sua fala desejando boa sorte a comissão eleita e que o trabalho a ser realizado transcorra da melhor maneira possível, de forma a promover o desenvolvimento da universidade.

"Que seja um processo que faça a universidade crescer. Isso que interessa. É menos o resultado e mais o próprio processo. A gente deseja que esse processo de consulta seja um processo de mobilização, avançando".

 

Por Roberta Consul Rey (SINTUR-RJ)

Fotos: SINTUR - RJ

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