Toma posse a nova Direção Colegiada do SINTUR-RJ

Postado: 15/04/2016

 

Dezesseis integrantes são empossados em cerimônia na sede do sindicato, em Seropédica/RJ

 

Pequeno, mas gigante em sua atuação. Distante, mas sempre presente nas lutas. Um sindicato vivo, que não está vendido. Estas foram algumas das opiniões sobre o SINTUR-RJ, expressas por convidados à cerimônia de posse da nova Direção Colegiada (biênio 2016-2018). O evento foi realizado em 12 de abril (terça-feira), na sede da organização, em Seropédica/RJ.

 

A mesa cerimonial foi composta por Luiz Claudio Pessoa, presidente da Comissão Eleitoral e representante da direção anterior (biênio 2013-2015); Carlos Domingos, da Associação dos Docentes da Universidade Rural (Adur); Pedro Paulo Oliveira, pró-reitor de Assuntos Administrativos da UFRRJ; Roberto Lelis, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação; Renato Gomes, do Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e da CSP-Conlutas; Gibran Jordão, da Federação de Sindicatos dos Trabalhadores em Universidades Brasileiras (Fasubra); e Wilson Ferreira, da Associação dos Trabalhadores em Educação da UniRio (AsuniRio). Na plateia, representantes de sindicatos, movimentos sociais e organizações do estado, além de membros da Administração Central da UFRRJ.

 

Depois da assinatura dos termos de posse dos 16 integrantes da nova direção (13 titulares e três suplentes), foi dada a palavra aos membros da mesa, integrantes da direção e convidados. Na maioria dos discursos, foi ressaltado o papel histórico do SINTUR-RJ; a união entre experiência e renovação na diretoria; a forte presença de mulheres e negr@s no grupo, reforçando a luta contra o machismo e o racismo; e os desafios a serem enfrentados pelo sindicato, como o ataque aos direitos dos trabalhadores e a desmobilização de boa parte da categoria.

 

Um sindicato presente

 

Gibran Jordão (Fasubra) destacou o papel histórico do SINTUR-RJ, que sempre esteve e continua presente nos combates travados pela Federação. Segundo ele, o Sindicato de Técnicos da Rural deixa para as novas gerações um legado de militantes mais experientes, o que se expressa na composição da recém-empossada direção. “Viva o Sintur! Saudações à nova direção!”, exclamou Gibran ao final de seu discurso.

 

Para Renato Gomes (Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu), a presença de 40% de mulheres e o número expressivo de negras e negros na direção são fatores que reforçam a luta contra o machismo e o racismo. A combatividade do SINTUR-RJ também foi enaltecida pelo sindicalista: “Nós da CSP-Conlutas temos orgulho de contar com um sindicato vivo, que não está vendido. Um sindicato pequeno, mas gigante em sua atuação.”

 

Já Wilson Ferreira (AsuniRio) afirmou que o SINTUR-RJ é um dos sindicatos mais presentes em greves e manifestações, mesmo estando distante da capital fluminense. Também observou que a luta comum dos técnicos deve ser por maior participação nos espaços deliberativos das universidades, nos quais os professores costumam ter mais peso. No plano nacional, Ferreira alertou que os trabalhadores não devem se iludir com a dança das cadeiras entre os poderosos. “O governo Dilma se diz vítima de golpe. Mas é o trabalhador que já vem levando golpe há muito tempo, deste e de outros governos. Não devemos confiar em governo nenhum”, disse Ferreira, chamando a categoria para se unir contra o Projeto de Lei Complementar 257/2016, que prevê o congelamento de salários, programa de demissão e fim de concursos públicos.

 

O professor Carlos Domingos (Adur) defendeu a união entre técnicos e docentes: “O movimento não pode ser dissociado. Somos servidores públicos, tanto professores como técnicos. Há muita luta pela frente e 2016 promete. Se a gente esmorecer agora, já era.”

 

Desafios

 

Depois das declarações da mesa, alguns convidados falaram. Entre outros, Marilês Batista, do Sindicato dos Comerciários; Luis Guilherme, integrante da Unidade Classista e diretor do Sepe Central, que se encontra em greve; e a estudante Larissa Cabral, do movimento feminino 'Me Avisa Quando Chegar', que vem protagonizando uma luta histórica contra a violência e opressão sobre as mulheres da Rural. Uma mobilização que ganhou repercussão nacional na semana passada, obrigando a UFRRJ a prestar esclarecimentos numa audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na quarta-feira (13/4). (Leia em: http://www.sinturrj.org.br/galerias/noticia/24)

 

“Não aguentamos mais andar nesta universidade com medo de sermos estupradas. Precisamos de uma política de assistência para as mulheres”, cobrou Larissa, muito aplaudida ao final de sua fala.

 

Em nome da nova direção, Ivanilda Reis, umas das coordenadoras gerais do SINTUR-RJ, agradeceu a todos que colaboraram nas eleições do sindicato. “Muito obrigado a cada mesário e cada membro da Comissão Eleitoral, além dos diversos apoiadores”, disse ela. Ivanilda chamou a atenção para os desafios que a nova direção tem pela frente, como atrair novos militantes e manter a continuidade das lutas que os mais experientes ajudaram (e ainda ajudam) a travar.

Lutas que têm de unir base e direção, como se não existissem fronteiras entre elas. Algo que Karol Marx, o Piá, da Coordenação de Assuntos Jurídicos e Trabalhistas , resumiu em sua intervenção: “O sindicato não tem dono”.

 

A nova direção

Coordenação geral – Fernanda Fortini Macharet, Leonir Tunala Resende e Ivanilda Reis

Coordenação de Administração e Planejamento – Fabíola de Souza e José Fernandes

Coordenação de Finanças – Paulo Marcos de Oliveira e Samuel Teixeira

Coordenação de Assuntos Jurídicos e Trabalhistas – Karol Marx (Piá) e Luiz Antonio (Lemos)

Coordenação de Comunicação, Formação Política, Social e Cultural – João Henrique Oliveira e André Nascimento

Coordenação de Assuntos de Aposentadoria – Almir Silva e Paulo Roberto (Timbó)

Suplentes – Ana Lúcia dos Santos, Cristiane Galindo e Mônica Santos

 

Coordenação de Comunicação, Formação Política, Social e Cultural do SINTUR-RJ

(Foto: Flávia Adriana - SINTUR-RJ)

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