Alunas protestam contra a violência e os inúmeros abusos físicos e sexuais sofridos pelas mulheres no campus Seropédica

O dia 13 de abril de 2016 se configurou como um dia histórico na luta das mulheres que estudam, trabalham e circulam na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Mais do que isso, ele expressou o acúmulo político e a capacidade de mobilização do movimento “Me avisa quando chegar”, composto em especial pelas alunas da Universidade, em luta pelo seu direito de ir e vir, pela igualdade de gênero e pelo fim da violência contra mulher. 

Representou ainda um importante e emocionante passo na direção da intensificação das mobilizações femininas pelas universidades brasileiras, com a perspectiva de articulação para outros setores da sociedade, que também sofrem, diariamente, com o machismo e com as opressões de gênero.

Nesse sentido, o próximo grande dia de luta (e de luto) será 27 de abril, que contará com mais uma forte manifestação de estudantes e trabalhadoras da UFRRJ, e de diversas outras universidades de todo o país. No âmbito da Rural, o ato tem como eixo a denúncia aos episódios cotidianos de violência física e sexual, além da reivindicação por ações de prevenção e de punição aos agressores, por parte da Reitoria da Universidade, cuja negligência em lidar com essas situações encontra-se em estágio alarmante e inaceitável. 

Será um dia nacional de lutas, importantíssimo para o avanço do enfrentamento a este grave problema. Em nível local, faz parte da pauta de reivindicações do movimento: a ampliação da iluminação no campus; a garantia de permanente manutenção do corte de mato; a solicitação de abertura de concurso público para a Guarda Universitária; a especificação de punição, no Código Disciplinar da UFRRJ, aos membros da comunidade universitária que agridam mulheres; entre outros pontos.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRRJ (SINTUR-RJ) esteve presente na audiência pública (foto), no dia 13, e vai marcar presença em 27 de abril. O Sindicato conclama a todos os trabalhadores e trabalhadoras em educação que se unam às manifestações estudantis nesta data.

Reafirmamos nosso compromisso com o combate a todas as formas de opressão e nossa parceria com o movimento “Me avisa quando chegar” na incansável luta por uma sociedade justa e igualitária, sem exploração de nenhum tipo. 

Exigimos que a Reitoria da UFRRJ atenda às pautas de reivindicação do movimento de mulheres! Machistas não passarão! Pelo fim da violência contra a mulher e pela igualdade de gênero!

Direção colegiada do SINTUR-RJ (biênio 2016-2018)

Foto: Flávia Adriana (SINTUR-RJ)