NOTA DE REPÚDIO AO ATAQUE CONTRA A MINISTRA MARINA SILVA

Postado: 04/06/2025

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (SINTUR-RJ), em Assembleia realizada no dia 29 de maio de 2025, aprovou por ampla maioria, com apenas uma abstenção, nota pública de repúdio ao vergonhoso ataque sofrido pela Ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, no dia 28 de maio.
 
Convidada para discutir os estudos de impactos ambientais em áreas de conservação, a ministra Marina Silva iniciou sua fala de forma técnica, firme e responsável, ressaltando a importância de políticas ambientais sustentáveis e da criação de áreas de preservação, com base em dados e evidências científicas, para nortear as concessões de licenças. Contudo, sua intervenção foi abruptamente desrespeitada por alguns parlamentares, incapazes de lidar com a força e a autoridade de uma mulher, ambientalista e historicamente defensora da Amazônia. Tentaram silenciá-la com palavras ofensivas, misóginas e carregadas de preconceito.
 
Frases como "se ponha no seu lugar", proferida pelo senador Marcos Rogério (PL-RO), presidente da comissão, e a declaração abjeta e sexista do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que afirmou "respeitar a mulher que está aqui, mas não a ministra", revelam o machismo estrutural e a violência simbólica que ainda marcam profundamente os espaços de poder no Brasil.
 
Tais episódios não são casos isolados. Eles escancaram a resistência reacionária de setores retrógrados que não aceitam mulheres, especialmente mulheres negras, ocupando cargos de liderança com competência, legitimidade e coragem. O que vimos vai contra todas as formas de opressão, em especial o machismo e a violência de gênero.
Repudiamos com veemência as atitudes ocorridas no Senado Federal e nos solidarizamos integralmente com a ministra Marina Silva. Seguiremos mobilizados na construção de uma sociedade democrática, plural, inclusiva e igualitária, onde mulheres possam exercer sua cidadania e ocupar espaços de decisão sem serem atacadas por sua condição de gênero, raça ou por suas convicções políticas.
 
Resistir é preciso. Silenciar jamais.
 
Direção Colegiada do SINTUR-RJ

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