É greve! Resistir aos ataques à carreira dos

técnico-administrativos em educação antes que seja tarde!

Muitos são os ataques em curso aos direitos sociais e trabalhistas na atual conjuntura brasileira, a exemplo das recém aprovadas Emenda à Constituição 95/2016 – a PEC de restrição dos gastos públicos –, da Reforma Trabalhista, da Lei da Terceirização, além da proposta de alteração do conceito e da fiscalização do trabalho escravo e da ameaça à aposentadoria representada pela Reforma da Previdência. Num profundo processo de (Contra)Reforma do Estado, a educação pública sofre com constantes cortes orçamentários que representam um perigo real à continuidade da existência das instituições públicas.

No bojo desse processo, os serviços públicos e, em particular, o conjunto do funcionalismo público se encontram na mira dos ataques do governo, que já anunciou publicamente que encaminhará, em breve, o desmonte das carreiras do executivo. No tocante aos técnico-administrativos em educação, o Plano de Cargos e Carreira (PCCTAE), conquistado a duras penas a partir de ampla mobilização da categoria, está em xeque. As condições de vida dos trabalhadores da universidade e de suas famílias estão sob grande risco, o que impõe a necessidade de ampla mobilização na defesa de seus direitos.

No anúncio do governo, constam alterações bastante graves, colocadas sem nenhum diálogo com a categoria: tempo maior para progressão; atribuição de valor fixo ao Incentivo à Qualificação, com possibilidade de quem não deu entrada ainda deixar de ter direito a receber; aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14%; intensificação do Plano de Demissão Voluntária; restrições à redução da jornada de trabalho sem redução salarial e uma série de outras medidas, ainda não esclarecidas de todo, mas que em seu conjunto apontam para um único resultado, a perda salarial real, já agravada com o congelamento dos salários aprovado por meio da EC 95/2016. 

Diante disso, a plenária nacional da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), reunida nos dias 21 e 22 de outubro de 2017 na cidade do Rio de Janeiro, deliberou pela deflagração de greve no dia 10 de novembro, com possibilidade de antecipação desta data se o governo Temer protocolar oficialmente qualquer medida de ataque à carreira dos técnico-administrativos. Na Rural, a categoria deliberará sobre o indicativo aprovado nacionalmente em assembléia a ser realizada no dia 31/10, às 9h30, na sede do Sintur-RJ.

Fique atento aos chamados de mobilização e de decisão pela greve do Sintur-RJ e da Fasubra! Essa é a hora de resistirmos ou será tarde demais!